O que falta para a que a musl substitua a GilbC no Linux

Logo da biblioteca C musl
Logo da biblioteca C musl
musl é uma biblioteca C que aos poucos irá substituir no Linux a padrão GlibC. E isso já vem acontecendo como através da distribuição Alpine Linux, Void Linux (apesar de possui as suas versões GlibC, seu foco maior é a musl), no Aboriginal linux, no toybox e é sempre comentado na conferencia Container Con. Como descrito no seu site oficial:
musl é uma nova biblioteca padrão para dar poder à uma nova geração de dispositivos baseados em Linux. musl é leve, rápida, simples, livre e se esforça para ser correta no senso de padrões de conformidade e de segurança.

A musl segue o padrão POSIX 2008 base a risca e é possível ver durante o processo de compilação que é adotado fortemente o padrão ISO C99 na biblioteca e um número de interfaces não padronizadas para ter compatibilidade com funcionalidades entre Linux, BSD e a glibc:


musl está sob a licença permissiva MIT e possui suporte as arquiteturas x86 (32/64), ARM (32/64), MIPS (32/64), PowerPC (32/64), S390X, SuperH, Microblaze, OpenRISC.

Veja o vídeo da série Muito além do GNU para saber melhor sobre a Musl



Mas o que falta então para que musl se torna padrão nas distribuições Linux? 

Assim como no LLVM/Clang (e é o que a comunidade LLVM mais reclama), é que faltam algumas extensões GNU extremamente importantes presentes somente no GCC e na GlibC e que não são documentadas pela comunidade GNU. Se vocês quiserem saber algo sobre essas extensões, é necessário entrar em contato com a comunidade GNU e perguntá-los sobre elas (e para eles responderem... aí já é outras história). Isso acaba dificultando que alavanquem e acaba amarrando projetos a ficarem dependendo das ferramentas que o GNU tem a oferecer (chega a ser estranho falar de liberdade...)

Faltam também um monte de localizações, dados, um monte de bloat do GNU (que acontece a mesma coisa), Name Service Switch, (NSS), serviços de rede, biblioteca (libnsl em específico) e 80+ CVEs. Quando esses recursos forem adicionados a musl, podem ter certeza, adeus glibc.

Apesar do que ainda falta para a sua melhor adoção (que estão trabalhando fortemente para ter por completo e que há longa data já é boa o suficiente para colocar em um ambiente de produção), a musl já apresenta suas viabilidades em comparação a glibc. Basta comparar o resultado final das duas:

Comparação de tamanho final de um binário entre musl e glibc.
Comparação de tamanho final de um binário entre musl e glibc.
Site oficial da musl-libc

Comente com o Facebook:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Viu algum erro e quer compartilhar seu conhecimento? então comente aí.

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Marcadores

A pior história sobre Linux que já ouvi (5) A.I (2) ambiente gráfico (19) AMD (14) analise (10) Andriod (16) android (7) Apple (1) arm (5) artigo (5) aws (1) bc (23) benchmark (6) BetrFS (1) blackhat (1) BSDs (30) btrfs (32) bugs (2) Caixa de Ferramentas do UNIX (19) canto do Diego Lins (2) certificações Linux (7) Código Fonte (54) comandos (31) comp (1) compressores (5) container (7) CPU (19) cracker (1) criptografia (5) crowdfunding (9) cursos (24) daemons (13) Debian (31) desempenho (1) desenvolvimento (90) desktop (19) DevOps (3) DevSecOps (4) dic (1) Dica de leitura (90) dica DLins (2) dicas do Flávio (27) Dicas TechWarn (1) diet libc (3) diocast (1) dioliunx (3) distribuições Linux (14) Docker (12) DragonflyBSD (22) driver (1) ead Diolinux (2) edição de vídeo (5) embarcados (1) EMMI Linux (4) emuladores (9) endless (5) English interview (3) Enless OS (2) entrevista (17) espaço aberto (82) evento (6) facebook (1) Fedora (10) filesystem (82) financiamento coletivo (2) fork (4) fox n forests (4) FreeBSD (20) Funtoo Linux (13) games (94) gerenciadores de pacotes (4) glaucus (3) GOG (3) google (9) gpu (3) hacker (2) hardware (104) hash (1) helenos (3) I.A (1) init system (11) Intel (15) inteligencia artificial (2) IoT (1) ispconfig (1) jogos (38) kde (1) kernel (138) lançamento (64) leis (1) LFCS (1) libs (2) licenças (8) Linus (16) linus torvalds (2) Linux (194) linux foundation (3) linux para leigos (1) live (5) LPI (8) LTS (1) Mac (1) machine learning (1) matemática (9) mesa redonda (27) microcontroladores (1) microsoft (6) microst (1) muito além do GNU (165) musl (3) não viva de boatos (9) navegadores (5) NetBSD (7) newlib (1) nim (1) nintendo (1) novatec (17) novidades (1) nuvem (1) o meu ambiente de trabalho (3) off-topic (12) open source (84) OpenBSD (7) OpenShift (1) oracle (1) os vários sabores de Linux (43) padrim (2) palestras e eventos (5) partições (6) pentest (8) performance (1) pipewire (1) plan9 (1) playstation (1) processadores (30) professor Augusto Manzano (11) Programação (64) promoção (1) propagandas com Linux (8) ps4 (1) real-time. (1) Red Hat (23) redes (4) resenha nerd (4) Resumo da Semana do Dlins (2) resumo do Tux (19) retrospectiva Linux (1) risc-V (14) RISCV (13) rtos (1) runlevel (2) rust (12) segurança digital (24) servidor web (2) servidores (2) shell (9) shell script (8) sistema operacional (25) skarnet (1) smartphones (3) Software livre e de código aberto (151) sorteio (3) Steam (10) Steam no Linux (8) supercomputadores (4) suse (6) systemd (7) terminal (89) terminal de comandos (18) toca do tux (1) toybox (27) tutorial (6) Tux (3) unboxing (7) UNIX (17) UNIX Toolbox (14) vartroy (1) vga (1) virtualização (2) vulnerabilidade (6) wayland (5) web (1) whatsapp (1) whitehat (1) Windows Subsystem for Linux (2) wine (14) WoT (1) yash (1) ZFS (15) zsh (3)