O fim da estrada para o X11

O fim da estrada para o X11
O fim da estrada para o X11
    
    O X11 surgiu no Linux na primavera de 1992, mais ou menos um ano depois que Linus ter criado seu emulador de terminal em assembly (é, as coisas acontecem muito rápido no Linux. O kernel 0.02 em Outubro de 1991 com patches que outra pessoa havia escrito para Minix e que nunca foi aceito e por isso foi portado para Linux de acordo com os padrões POSIX e que depois disso foi uma enxurrada de patches que tiveram o mesmo destino (nunca aceitos no Minix e depois portados para Linux); em Dezembro de 1991 já havia sido lançado o kernel 0.11 como versão beta tendo quase todas as características que um kernel Unix precisa, suporte a ser selfhosting, comandos como fdisk, mkfs e fsck e muitos outros recursos; o 0.12 em Janeiro de 1992).

    
    O suporte ao X para Linux foi desenvolvido por um hacker chamado Orest Zborowski e esse foi um patch muito importante pois garças a ele foi adicionado tanto o suporte a interface gráfica quanto ao Unix Domain Sockets (ou de forma mais simples de dizer, o suporte a redes) ao Linux. Isso ocorreu porque, devido o X11 funcionar através da comunicação cliente-servidor, Orest escreveu a camada de sockets para que fosse possível portar o X; o que automaticamente remeteu em aproveitar o mesmo código no Linux para os serviços de rede.
    O problema é que o design do X11 é antigo e se torna difícil de trabalhar e seu código para implementar novos recursos ou até mesmo remover bugs. cheguei a explicar sobre seu problema no vídeo abaixo que levou a criação não somente de recursos externos quanto de novos servidores gráficos como o MIR no Ubuntu, o SufaceFlinger no Android e o Wayland na Red Hat:


    No final de Junho de 2019, Chris Siebenmann escreveu em seu blog o artigo A vigília da morte para o X Window System (também conhecido como X11) provavelmente já começou (algo como isso) mencionando que havia lido um artigo no Fedora Planet e Planet Gnome sobre o Fedora 31 e sua migração para o Wayland, o PipeWire, o Flatpak e muitas outras ferramentas. O que mais chamou a atenção de Chris foi a parte transcrita abaixo:
A realidade é que o X.org é mantido basicamente por nós e assim uma vez que nós pararmos de dar atenção a ele, é improvável que haja quaisquer novos grandes lançamentos a caminho e pode até haver alguma configuração de bitrot ao longo do tempo. Vamos ficar de olho nele já que vamos querer garantir que o X.org fique com suporte até o fim do ciclo de vida do RHEL8 no mínimo, mas que seja um aviso amigável para todos que confiam no trabalho que fazemos mantendo a pilha de gráficos do Linux, vão para o Wayland, que é onde está o futuro.
    O fim do Xorg é inevitável; os seus padrão já passam a não atender mais as necessidades de hoje em dia e foi pensando nisso que o Wayland foi criado. Ao longo do tempo o Wayland vem ganhando cada vez mais espaço; tanto Debian quanto o Red Hat Enterprise Linux 8 passaram a adotar o Wayland como servidor gráfico padrão em seu ultimo lançamento; agora temos a noticia que o Ubuntu Mate fez o mesmo. Não somente as distribuições mas também ambientes gráficos e os servidores gráficos estão passando adotá-lo como padrão assim como vemos o KDE Plasma 5.22, já não é novidade no Gnome, o KWin, o Elightenment e até o NetBSD estuda adicionar o seu suporte.

    O Wayland é chamado o servidor gráfico do futuro pois ele oferece uma base muito mais limpa e mais fácil de se trabalhar tanto na adição de novos recursos quanto na parte de correção de bugs e até mesmo já apresenta resultado na melhoria do desempenho das interfaces gráficas.

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