Oracle pretende migrar para arquitetura ARM |
Publicado no site Reuters no dia 28 de Junho de 2023 que tanto a base de dados da Oracle como seu serviço de nuvem (que tenta competir com a Amazon por exemplo) passará a utilizar processadores baseados na arquitetura ARM. O motivo apresentado por Larry Ellison, fundador da Oracle, é que os antigos processadores X86 da Intel está atingindo seu limite.
As aplicações da Oracle são desenvolvidas sod a arquitetura X86 há várias décadas e o motivo de tal adoção da arquitetura ARM é que, devido a razões regulatórias, alguns data centers da Oracle não pode obter mais energia. Então o único meio para a empresa expandir seu serviço de nuvem é através de mais computação por watt que ela pode ter acesso já que os processadores ARM são famosos por sua eficiência energética e por gerar menos calor (por esse motivo adotado em smartphones e tablets. Leia meu artigo Diferentes arquiteturas de processadores CLICANDO AQUI).
"Temos mais espaço. Simplesmente não temos mais capacidade elétrica. Ao atualizar para Ampere, podemos ocupar esse espaço, dobrar a computação e permanecer dentro do mesmo envelope de energia." disse Ellison, eu particularmente diria mais do que dobrar. Mas quem sou eu na fila do pão?
O fabricante de ARM escolhido pela Oracle foi a Ampere Computing, uma startup fundada por um ex-executivos da Intel.
A Ampere produz famílias de processadores ARM; o Ampere Altra Max e o Ampere One. O Ampere Altra Max, família de processadores Cloud Native possui linhas de 32, 64, 80, 96 e 128 núcleos operando a frequência acima de 3.0 GHz e com núcleos compatíveis com o Armv8.2+, SBSA4; 1MB de cachê L2 por núcleo e recursos nativos para nuvem como Vector Units, Single Threaded Cores, Advanced Power Management, Dynamic Estimation, Voltage droop detection. O Altra Max possui suporte a 8 canais de memória DDR4 (3200 MHz) ECC de 72 bits (até 4TB de RAM).
Já o Ampere One possuí linhas de 136, 144, 160, 176 e 192 núcleos também operando a frequência acima de 3.0 GHz também compatíveis com o Armv8.2+; 2MB de cachê L2 por núcleo; 8 canais de memória DDR5 ECC (até 8TB de RAM). Todas as especificações dos processadores Ampere podem ser conferidos clicando aqui.
Outros valores agregados pelos processadores ARM que são enfatizados pela Oracle seriam preço (clientes pagarão somente $0.01 por hora/núcleo) melhorias na parte de segurança, flexibilidade no uso de núcleos e de memória, escalabilidade linear scalability e desempenho previsível, ecossistema de desenvolvimento rico e muito mais.
Ampere A1 Compute |
Este será o primeiro servidor com 160-core Arm no mercado com o preço tão acessível. Aproveitando, quero sugerir a leitura sobre o supercomputador Fugaku clicando aqui da Fujitsu que utiliza processadores ARM e que está na lista dos supercomputadores mais poderosos do mercado.
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