Revisando o Debian Jessie

 Muitos fizeram review sobre o novo Debian lançado no dia 25 de Abril. Resolvi eu e um amigo fazer a mesma coisa notando suas novidades no desktop.






 Eu ainda não havia lançado esse artigo, pois estava finalizando o meu vídeo sobre o Red Hat Linux.



 E por que Red Hat Linux se estava para ser lançado o Debian? Bom, vídeo sobre o Debian eu já fiz trazendo até mesmo noticias sobre o Jessie que pode ser conferido abaixo:



 Então, resolvi lançar hoje, bem no dia em que foi lançado o kernel 4.1 e o kernel 3.19.6 que inclusive ja baixei para dar uma verificada; mas queria dar a minha palinha e lancei hehehehe.



No passado, há pouco mais de quatro anos atras (no dia 07 de Fevereiro de 2.011 para ser mais específico), eu fiz uma review quando atualizei do Lenny para o Squeeze. Desta vez parece que isso não aconteceu, pois na review anterior não foi necessário realizar realizar o #aptitude dist-upgrade, bastou um #aptitude safe-upgrade após o #aptitude update e já havia atualizado o sistema para a nova versão (apesar que depois eu tive que executar o dist-upgrade por que algumas coisas não estavam funcionando corretamente). Pode ser que atualizou o de alguém somente com o safe-upgrade, mas não aconteceu com o meu desta vez.



Vendo agora algumas novidades que há no ultimo lançamento do Debian, podemos citar:
  • Suporte para as arquiteturas “ia64” e “sparc” foram removidos do spark? :(.
  • Adicionado o suporte as arquiteturas “arm64” e “ppc64el”.
  • O uso do kernel 3.16 (a mesma versão que o Ubuntu 14.04 e 14.10 estavam utilizando).
  • Suporte a novos idiomas, que totalizam 75.
  • Suporte a instalação via UEFI
  • O systemD substitundo o SysVinit. O SystemD rendeu muitas criticas por muitos. Por aqui o que mais gerou foi boatos do que criticas. Mal os especuladores sabem que o SystemD já está presente no Wheezy e ficam com essa besteira toda.


 Olha, minha opinião quanto ao Devuan é que ele tem grande chance de não dar la grande resultado. Acho que seria mais interessante se ele tivesse sido derivado do Debian ao invés de um fork. E teve gente ainda me dizendo que se fosse um derivado não haveria como remover o SystemD do Devuan. Especulação é fogo.


  • É possível agora escolher qual interface gráfica que queira utilizar no momento da instalação do sistema, não tendo somente o Gnome como padrão.


  • Imagem ISO nas versões LiveCD. É possível customizá-la (assim como é feito no Porteus e no OpenSuse) possuindo as opções: as versões Jessie e SID, interfaces diversas (coisa nova no Debian, pois antigamente era só o Gnome, apesar que um apt resolveria a instalação de uma nova interface; mas aqui me refiro no momento da instalação do sistema. Enfim, agora temos Gnome, KDE, LXDE, Mate, padrão eXfce), podendo também escolher entre o apt e o aptitude.



 Agora, quer saber mais sobre o Jessie? Então acesse esse link do Diolinux e a nota de lançamentos do Debian que vão te dar uma base mais completa.

 Agradeço ao Strog que me forneceu as informações sobre o Jessie no desktop e a imagem do XFCE, pois ainda não executei o dist-upgrade na minha maquina.

21 Soluções livres para sistemas proprietários

Bom, nos meus últimos dois artigos, já mencionei sobre o uso de software livre em distros devido ocasiões, a ameaça que os arquivos de formato proprietário (ou fechado) podem causar; agora queria abordar um (talvez) certo oposto para muitos. A adoção do software livre em sistemas proprietários.


 Aí você deve estar se perguntando: "Tipo, no Windows?" EXATAMENTE! Soa estranho? Talvez para muitos sim.

Aí agora deve estar se perguntando: "E por que raios eu iria querer testar software livre em um sistema proprietário? Nunca na minha vida! Isso é uma abominação. Morro mas não faço tal coisa."

É...! É o que deparo algumas vezes. Mas a razão é simples:
A adoção gradativa de ferramentas livres em um ambiente corporativo onde a utilização software proprietário é predominante pode ser uma boa estratégia para convencê-los de sua adoção ao máximo possível.
Ao longo dos anos nos deparamos com situações inesperadas. Uma delas pode ser exatamente prestar serviço para uma empresa por exemplo em que seus desktops possuem sistemas proprietários (o que ainda é uma coisa muito comum de se ver, então não é algo tão inesperado assim). Foi o que já aconteceu comigo alguns anos atrás (e já pode ter acontecido com você também. Então, não deixe de compartilhar a sua experiência nos comentários abaixo).

Aliás, foi a mesma empresa que utilizava Windows 98 (ou 95) em 2011 que expliquei como exemplo do que por que prefiro o modelo de software livre. Mas por fim, a história acontece da seguinte forma. Eles estavam com um problema em que as máquinas que estavam rodando windows estava infectadas (obs.: somente os servidores eram Linux) e acabaram comprando quatro licenças de um certo antivirus que (vale a nota) não solucionou o problema. Chegando lá, me questionaram se eu não conhecia algum antivirus livre que pudessem testar. Foi onde indiquei o CalmWin. O ClamWin é um antivirus e antispyware sob licença GPL baseado no código fonte do ClamAV e utiliza interface gráfica. Como o antivirus apresentou bom resultado (aliás, apresentou resultado ao ponto de afirmar que não valeu a pena pagar US$50 pela licença do ativirus proprietário), passaram a dar prioridade à software livre ao invés de proprietário. Toda vez que precisavam de alguma solução, me consultavam para saber se eu conheciam alguma livre.



 Resolvi então separar alguns aqui para servir de solução em algum momento para todos (conhece algum também? Deixa aí no comentário). Se bem que a maioria das vezes, soluções para windows se resume em antivirus, suíte office e navegador e codec, mas enfim, vamos lá:


 


Clamwin: começando por ele, mesmo já tendo sido mencionado (por que esse parece que é um defeito inevitável do windows, se não tiver virus não é bom). Ele possui uma boa base de dados, roda em baixa prioridade (nem apresenta lentidão na máquina), realiza varredura tanto nos arquivos residentes no HD quanto na memória, programável a atualização e a varredura. Existe até mesmo uma versão para o FireFox chamado FireClam.


freiclam

 A única desvantagem que eu vejo, é que não há realização de varredura automaticamente, mas se bem que isso pode ser suprido com o ClamSentinel.


clamsentinal

 Na real? Depois de instalar esses dois eu até desabilito o firewall do windows; por que francamente, até a catraca do busão é mais segura. 

 Eu indicaria também o watchdog Winpooch que trabalha em conjunto ao Calmwin se o projeto não tivesse sido descontinuado em 2007. 

 UdefragEssa é outra ferramenta útil no windows também sob GPL que pode ser usada tanto via terminal quanto em modo gráfico. Além de analise e desfragmentação, ainda possui a opção de comprimir os arquivos. 

ultradefrag


E falando de desfragmentador (que está relacionado a filesystems), temos também o Ext2fsd que é um projeto para acesso de sistema de arquivo ext2/3 no Windows. Acho que esse programa deveria ser utilizado no ReactOS ao invés de só o EXT2 e FAT(32).


ext2fsd

KDE: Sim, parece estranho, mas existe a interface KDE para Windows.


kde-para-windows

Cygwin Conheci esse emulador POSIX quando estudava shell script. Sendo franco eu acho essa ferramenta em certas ocasioes pouco prática devido a limitação da API do windows (ou talvez a demora da sua evolução); o VIM por exemplo é um desastre. Melhor do que powershell, pode ter certeza que é. Fora esse, existem outros terminais como o Winbash para quem sentir saudades do bash nessas ocasiões, pode dar uma escapada por aqui. Se bem que da quase na mesma. Além desses, existe o MinGw, o Console, o UnixUtils que é uma coleção de ferramentas, o GNUWin, o WinZsh.



Existem os que já são de conhecimento (digamos) público, mas que valem ser mencionados, este artigo estaria até incompleto sem eles: LibreOffice, Firefox e o Thunderbird da Mozilla, o Gimp que usei para editar algumas imagens neste artigo, Inkscape, Snort, Git,Nmap (que se notarem, no meu antigo blog Linuxtechhacks, utilizei em máquina rodando Windows para solucionar o problema para o cliente, pois era o que ele tinha em mãos).
nmap-no-windows
Então é isso galera, só quis dar umas dicas de soluções livres caso estejam utilizando ambiente windows (ou outro ambiente). Deu para notar no ultimo parágrafo que podemos encontrar as mesmas ferramentas que utilizamos no Linux para o windows. Pode ser algo útil em algum momento.

 Um cara chamado Tim criou um cheat sheet for Snort do Snort. Quem quiser pode baixar para utilizar como consulta rápida no hora de realizar administração:

A ameaça que os formatos de arquivos fechados podem causar

 No meu ultimo artigo eu escrevi sobre o uso de software proprietário dentro do mundo do software livre. Desta vez vou expor a minha opinião sobre os formatos de arquivos proprietários.



 Como mencionei, defendo a questão do fato de ter que utilizar software proprietário caso não haja saída naquele momento. Lembre que software também gera receita para milhares de pessoas.
 Cheguei a afirmar em um debate que utilizo placa de vídeo da NVIDIA,  pois é difícil encontrar fabricantes de placas de vídeo que disponibilizam o código fonte de seus drivers (o que acho uma ideia bem idiota; mas vai fazer o que? até que a mentalidade das empresas mudem, vamos utilizando o que tem).


 Se houvesse outra solução, eu usaria (talvez as APUS da AMD ou os vídeos integrados da Intel, mas não sei se me atenderia, ou se são realmente livres e não quero gastar grana com isso no momento). Até mesmo o Linus Torvalds criticou o modo que a NVIDIA trabalha na sua famosa frase:




Agora, na questão dos formatos de arquivos, assim como a ODF faz, sim, eu defendo que devem ser abertos sem brecha para existência de formato de arquivo proprietário. Se não forem abertos, ao menos padronizados; mas para evitar quaisquer problemas futuros que podem ser imprevistos, prefiro que sejam de fato abertos; pois vale até ressaltar que tais formatos, dependendo de sua patente, podem até mesmo ser cobrados pelo fato de a empresa deter seu direito de propriedade intelectual.  Como é o caso do formato MP3 que pode ser lido na Wikipedia em que a Thomson Consumer Electronics, detentora do licença do formato MPG1/2 layer 3, começou a exigir royalties das empresas que desenvolviam programas para MP3 no final da década de 90. Foi aí que viram a necessidade de começar a difundir o uso do OGG e outros formatos. Quem sabe não estamos até mesmo pagando para simplesmente utilizar o tal formato.


 Qual a logica de um formato de arquivo proprietário? Não existe rasão muito lógica para isso.
 O formato de arquivo fechado (ou proprietário) sim visa escravizar seus usuários, mantendo-os presos ao  serem obrigados (ou por que não dizer forçados) a utilizar seu software. 
 Imagina que você tenha um arquivo muito importante e de repente (do nada) a empresa que desenvolve o tal software (que era o único que abria o tal arquivo) resolve descontinuá-lo sem rasão óbvia; ou imagine que a empresa resolve descontinuar exatamente aquele formato de arquivo por que a pôs na cabeça de que criou um formato de arquivo melhor (ou descontinuou o formato simplesmente por que sim).


 Houve um caso aqui no Brasil que meu pai me contou, em que registro para os botijões de gás não eram padronizados, só era possível comprar o botijão com a empresa que se comprara o tal registro, pois o registro só funcionava em seus botijões. Daí houve a necessidade de criar a lei onde obrigatoriamente os fabricantes de registros e de botijões passariam a produzí-los sob padrões. Assim o consumidor poderia escolher com quem iria comprar, não importando de quem o fabricou (formatos de arquivos proprietários funcionam da mesma forma ao meu ver).


 O LibreOffice por exemplo, tem-se acesso até mesmo para alterar o código XML do próprio arquivo.
Os arquivos salvos pelo libreoffice, terminam com a extenção od(x) (odt, odx etc) são arquivos no formato de documento aberto (OpenDocument). Esses arquivos são XMLs zipados.
depois que o arquivo é salvo, pode-se alterar sua extensão para ".zip", acessar os arquivos XML e alterar o que quiser (caso tenha conhecimento e queira editar la de dentro mesmo). É possível até mesmo utilizar o linguagem Python dentro do LibreOffice para editar tal arquivo.











 Formatos de arquivos devem ser abertos para que outro software que utilizamos como o mesmo proposito possa manipula-lo sem nenhuma dificuldade. O critério de escolher o que quer usar, cabe ao usuário final. Já o critério das empresas, é de concentrarem seus esforços em oferecer a melhor solução ao seu usuário final.
 Um exemplo de formato padrão é o das paginas web; o formato HTML é manipulado pelos web browser. Não importa qual deles seja, eles são feitos para manipular HTML (não incluindo o IE nessa lista que apesar de manipular HTML, ele não segue as normas da W3C). Já pensou se cada empresa fizesse um formato de arquivo web para o seu navegador? Seu usuário ficaria escravo do seu navegador mesmo que outro seja melhor.

Espero que tenham gostado do artigo. Não esqueçam de deixar uma curtida aí se gostaram.

 Aproveitando para dar os recados: Não esqueçam de se inscrever para para poderem ter o direito a desconto na LyTux e utilizar o código de desconto TOCADOTUX na DioStore.

Licença Creative Commons
A ameaça que os formatos de arquivos fechados podem causar de Gabriel da Silveira Costa (Toca do Tux) está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
Podem estar disponíveis autorizações adicionais às concedidas no âmbito desta licença em http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/.



A ameaça eminente do software proprietário

A ameaça eminente do software proprietário

    Amo open source, amo seu modelo de desenvolvimento e acho muito mais funcional, mas noto que a maioria das pessoas que brigam sem o minimo conhecimento de causa. Tratam o uso de uma solução proprietária como algo abominável, heresia ou que mereçam excomunhão e tudo acaba virando especulação. Esse acontecimento me lembra o livro de Atos 19:32:
 Uns, pois, clamavam de uma maneira, outros, de outra, porque o ajuntamento era confuso; e os mais deles não sabiam por que causa se tinham ajuntado.
    Antes de conhecermos Linux, não nos importávamos com essa "liberdade" de acesso ao código fonte que nos apresentam até chegarmos no mundo Linux. Na verdade, esse conhecimento nos é obscurecido até antes disso MAS um software ser proprietário significa que ele está te espionando (como é o argumento apresentado por muitos puristas do software livre) vindo a vender as suas informações para empresas. Talvez a empresa o mantem proprietário por ser o único a possuir tal ferramenta no mercado, ou ser a melhor entre elas.

    Aliás, a maioria que estão exigindo acesso ao código fonte para NEM SABEM ler código fonte para assim vasculhar por tal informação de espionagem (quanto menos contribuir). Coisa interessante a se notar; esses mesmos acabam tendo conta no Google, assistem vídeos no Youtube (tenho certeza que não utilizam o Gnash; e mesmo se utilizassem), tem conta no Facebook e muito mais. E o pior é que QUASE NENHUM deles fazem doações monetárias rotineiras para um projeto livre. Quer dizer, pagamos por software proprietários, ou até temos a indecência de utilizá-los ilegalmente, mas não temos a decência de contribuir com um livre financeiramente por estarmos satisfeitos em utiliza-los pelo fato de ser bom.

    Como dito pelo economista britânico Chris Anderson em seu livro "FREE: o futuro dos preços" (que alias, é um cara que tem um projeto de hardware Open Source, disponibiliza parte do livro "The long tail" e ainda é umas autoridades do website TED) onde se fatura dando seu produto ao cliente, conseguem uma economia muito alta não somente deixando de pagar licenças, mas também pelo serviço se tornar mais produtivo.  Por várias vezes Linux, Firefox e OpenOffice.org é mencionado.

    Justo é reverter parte desses valores economizados com software open source para os projetos (já que é de interesse de todos utilizá-los por sua eficácia). Isso é necessário para se manter um projeto vivo e lhe daria credibilidade ao exigir o código fonte (que tanto querem). Esses não deveriam nem mesmo ter a honra de utilizar o nome Linux, sabendo que o nome é propriedade intelectual do Linus Torvalds (explico melhor no futuro).


    Lembrem-se que até mesmo a GPL permite cobrar pelo código fonte caso o distribuidor ache interessante. Aliás, analisando a  Liberdade 0 que é "A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito" incluir utilizar software proprietário em conjunto com open source (lembrando que software livre se encaixa na lista de open source) e vice versa...

    Está certo que em um festival de instalação de software livre espera-se que tenha software livre, mas não vejo uma distribuição, só por que contem algum software proprietário, apresentar uma ameaça a toda a comunidade sendo que em sua base ele é livre (e acaba dando origem a outras distribuições). É o caso da polêmica que estão gerando em torno do Ubuntu. Como sabem, eu não sou usuário de Ubuntu, mas a distribuição acaba gerando várias outras (e uma família enorme se levarmos inclusive).

Família do Ubuntu
Família do Ubuntu

    Muitas distribuições caíram nesta "lista negra" de serem consideradas não livres. Distribuições como: Debian, CentOs, Caiana, Arch, Fedora, Gentoo, os Mandrivas, Mint, OpenSUSE, Red Hat Enterprise Linux, Slackware, SteamOS e SUSE Linux Enterprise. Se elas, possuindo ferramentas proprietárias, ficam disponíveis para darem origem a outras distribuições, por que não podemos considerá-las livre? (a liberdade de dar origem a outras distribuições). Outra família que faz isso bem é a família Red Hat:
Família Red Hat
Família Red Hat

    Como o Debian vem com software livre, mas ele não me proíbe utilizar soluções não livres, permitindo o acesso ao repositório non-free. Isso sim também é uma liberdade, a liberdade de decidir o que quero ou não utilizar!





A verdade é, p    O que eu percebo que até mesmo os programas proprietários para Linux possuem forte tendencia a funcionar melhor do que a versão para Windows.


    Exemplo disso é que quando eu era mais novo, eu gostava de ler HQs e quando me deparei com um arquivo no formato CBR na internet, comecei a vasculhar para descobrir do que se tratava. E descobri que era na verdade um arquivo RAR.




    Então eu baixei o Winrar no meu Windows, o famoso eterno trial ( Nota: A palavra trial, pronuncia-se tráiul, significa julgamento em inglês; porém não nesse caso; aqui a palavra trial deriva do verbo to try = testar, tentar), instalei e abrir o arquivo. Lá dentro encontrei imagens PNG, então descompactei e lia as imagens que eram as páginas sequenciais.

    Já em uma máquina no Linux, baixei o rar para Linux para continuar lendo a HQ o que não havia terminado. Assim como no Windows, eu achava que iria precisar descompactar os arquivos para ler e para a minha surpresa, no Linux eu não precisava descompactar os arquivos; no Linux o rar abria como se fosse um PDF (show de bola). Tudo bem, talvez eu era um infrator por baixar arquivos de propriedade intelectual, mas considera a época, vai. Eu era jovem na época e ao menos eu tive um aprendizado. Prometo que hoje eu não faço isso mais.

    Eu não estou aqui defendendo software proprietário. Como mencionei, eu acho muito mais interessante o modelo open source. Mas o que eu realmente defendo a liberdade de escolha do que adotar seja do lado de quem vai escolher uma licença (proprietária ou open source) para o seu projeto ou do lado de quem vai utilizar o software.

    Explicando em dois exemplos do por que acho o modelo open source mais interessante tendo o primeiro como em um guia de conectividade mencionam o caso de Hollywood quando Linux foi adotado para fazerem o filme Titanic:
  1. O mar foi feito em máquinas rodando em Linux... ...A questão é que tentaram fazer o mar em dois outros sistemas operacionais (não citando nomes), e não conseguiram. Tentaram por fim fazer em Linux e por incrível que pareça, também não conseguiram em um primeiro momento. Mas como o Linux possui o código aberto, eles puderam modificar o código fonte para as suas necessidades e fazer o mar.
  2. A segunda foi uma experiência que tive em uma empresa que eu prestei serviço por um tempo em que necessitavam de máquinas rodando windows 98 (isso em 2011) por causa da necessidade de uma aplicação desenvolvida somente para eles. A empresa que desenvolvia a aplicação faliu antes que portassem-a para windows xp ou versões mais recentes e tiveram que assim manter o windows 98 por la por essa rasão. Se essa aplicação fosse livre, isso teria sido evitado. como é o caso do LibreOffice, o IllumOS e etc. Caso um projeto descontinue, alguém pode continuá-lo.
     Além disso, open source também facilita no aprendizado tanto na parte de desenvolvimento quanto na parte da utilização do software. Isso devido o fácil acesso a ferramenta. Já no caso do software proprietário, esse acesso se torna mais restrito. Essa é uma das belezas do mundo open source! A flexibilidade, robustez, o dinamismo, a modularidade, a segurança, a velocidade no desenvolvimento.


    Espero então ter deixado claro a minha visão sobre software open source com esses dois casos. Mas esse tipo de ideologia que citei no inicio desse artigo não surgiu através do Linux. No Linux essa ideia é maleável, aceitando fatos que ocorrem no momento. Dentro da própria comunidade que desenvolve do kernel Linux, antes que Linus escrevesse o Git, esse ótima sistema de controle de versão distribuído que conhecemos e utilizamos até para baixar códigos do GitHub, os desenvolvedores utilizavam o software proprietário BitKeeper como ferramenta de gerenciamento de controle de código fonte (SCM) para manter o projeto. Eles não tinham problema algum quanto a utilizá-lo por ser proprietário, pois nenhum outro SCM livre tinha o mesmo potencial e desempenho, até que Andrew Tridgel realizou engenharia reversa nos protocolos do BitKeeper e Larry McVoy (proprietário do BitKeeper) removeu o direito de seu uso gratuito. Daí surgiu a necessidade de Linus dar inicio ao Git que hoje é mantido por Junio C Hamano. Bom, você pode então vir a dizer:"Está vendo? Foram proibidos de usar!".
 Sim, realmente foram, mas se isso não tivesse acontecido, até hoje os desenvolvedores do kernel estariam utilizando-o sem nenhum problema ou (digamos) preconceito por não ser livre /* e não teríamos o Git :-(. Espero que consigam entender o meu ponto de vista*/.

 Falando mais sobre o kernel, a principio era utilizado o compactador Gzip do projeto GNU, depois passaram para o Bzip2 que está sob licença no estilo BSD e hoje utilizam o xz (acho muito show esse compactador do projeto Tukkani que surgiu como uma distribuição derivada do Slackware e hoje já não existe mais, mas os trabalhos da distro deram origens a outros subprojetos com o xz).

 Mais uma coisa, a chave de verificação PGP utilizada no kernel pode ser verificada com o proprietário, o mapa que utilizam para encontrar seus proprietários não é o Open Street Maps, se bem que eu gostaria que fosse, mas não é; eles utilizam o Google Maps.


 Então, a minha opinião final sobre o assunto é, como em uma palestra que assisti recentemente sobre LPI e seu valor no mercado de trabalho: "Utilize software open source, dê prioridade a ele, mas se uma ferramenta livre que é necessária para o trabalho não atende a necessidade, use uma proprietária. Não dá; encaremos a realidade."
 Acrescento que, utilize uma solução proprietária caso as livres não atendam a necessidade, até que venha a surgir uma livre que corresponda a altura (ou quem sabe, melhor). Fique entre termos, seja maleável a aceitar opiniões e situações momentâneas. Belê? :-)
 Um exemplo básico para o leitor de algo que está na moda, é o Whatsapp. Passei a utilizar o Telegram (ainda mais pelo fato de ser livre; dou prioridade a soluções livres), mas quando eu enviava imagem, o arquivo chegava em uma compressão tão grande que não era possível ler o que estava escrito; então eu voltei ao Whatsapp até o Telegram melhorou (e muito).

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