No meu ultimo artigo eu escrevi sobre o uso de software proprietário dentro do mundo do software livre. Desta vez vou expor a minha opinião sobre os formatos de arquivos proprietários.
Como mencionei, defendo a questão do fato de ter que utilizar software proprietário caso não haja saída naquele momento. Lembre que software também gera receita para milhares de pessoas.
Cheguei a afirmar em um debate que utilizo placa de vídeo da NVIDIA, pois é difícil encontrar fabricantes de placas de
vídeo que disponibilizam o código fonte de seus drivers (o que acho uma
ideia bem idiota; mas vai fazer o que? até que a mentalidade das empresas mudem, vamos utilizando o que tem).
Se houvesse outra solução, eu usaria (talvez as APUS da AMD ou os vídeos integrados da Intel, mas não sei se me atenderia, ou se são realmente livres e não quero gastar grana com isso no momento). Até mesmo o Linus Torvalds criticou o modo que a NVIDIA trabalha na sua famosa frase:
Agora, na questão dos formatos de arquivos, assim como a ODF faz, sim, eu defendo que devem ser abertos sem brecha para existência de formato de arquivo proprietário. Se não forem abertos, ao menos padronizados; mas para evitar quaisquer problemas futuros que podem ser imprevistos, prefiro que sejam de fato abertos; pois vale até ressaltar que tais formatos, dependendo de sua patente, podem até mesmo ser cobrados pelo fato de a empresa deter seu direito de propriedade intelectual. Como é o caso do formato MP3 que pode ser lido na Wikipedia em que a Thomson Consumer Electronics, detentora do licença do formato MPG1/2 layer 3, começou a exigir royalties das empresas que desenvolviam programas para MP3 no final da década de 90. Foi aí que viram a necessidade de começar a difundir o uso do OGG e outros formatos. Quem sabe não estamos até mesmo pagando para simplesmente utilizar o tal formato.
Qual a logica de um formato de arquivo proprietário? Não existe rasão muito lógica para isso.
O formato de arquivo fechado (ou proprietário) sim visa escravizar seus usuários, mantendo-os presos ao serem obrigados (ou por que não dizer forçados) a utilizar seu software.
O formato de arquivo fechado (ou proprietário) sim visa escravizar seus usuários, mantendo-os presos ao serem obrigados (ou por que não dizer forçados) a utilizar seu software.
Imagina que você tenha um arquivo muito importante e de repente (do nada) a empresa que desenvolve o tal software (que era o único que abria o tal arquivo) resolve descontinuá-lo sem rasão óbvia; ou imagine que a empresa resolve descontinuar exatamente aquele formato de arquivo por que a pôs na cabeça de que criou um formato de arquivo melhor (ou descontinuou o formato simplesmente por que sim).
Houve um caso aqui no Brasil que meu pai me contou, em que registro para os botijões de gás não eram padronizados, só era possível comprar o botijão com a empresa que se comprara o tal registro, pois o registro só funcionava em seus botijões. Daí houve a necessidade de criar a lei onde obrigatoriamente os fabricantes de registros e de botijões passariam a produzí-los sob padrões. Assim o consumidor poderia escolher com quem iria comprar, não importando de quem o fabricou (formatos de arquivos proprietários funcionam da mesma forma ao meu ver).
Houve um caso aqui no Brasil que meu pai me contou, em que registro para os botijões de gás não eram padronizados, só era possível comprar o botijão com a empresa que se comprara o tal registro, pois o registro só funcionava em seus botijões. Daí houve a necessidade de criar a lei onde obrigatoriamente os fabricantes de registros e de botijões passariam a produzí-los sob padrões. Assim o consumidor poderia escolher com quem iria comprar, não importando de quem o fabricou (formatos de arquivos proprietários funcionam da mesma forma ao meu ver).
O LibreOffice por exemplo, tem-se acesso até mesmo para alterar o código XML do próprio arquivo.
Os arquivos salvos pelo libreoffice, terminam com a extenção od(x) (odt, odx etc) são arquivos no formato de documento aberto (OpenDocument). Esses arquivos são XMLs zipados.
depois que o arquivo é salvo, pode-se alterar sua extensão para ".zip", acessar os arquivos XML e alterar o que quiser (caso tenha conhecimento e queira editar la de dentro mesmo). É possível até mesmo utilizar o linguagem Python dentro do LibreOffice para editar tal arquivo.
Formatos de arquivos devem ser abertos para que outro software que utilizamos como o mesmo proposito possa manipula-lo sem nenhuma dificuldade. O critério de escolher o que quer usar, cabe ao usuário final. Já o critério das empresas, é de concentrarem seus esforços em oferecer a melhor solução ao seu usuário final.
Um exemplo de formato padrão é o das paginas web; o formato HTML é manipulado pelos web browser. Não importa qual deles seja, eles são feitos para manipular HTML (não incluindo o IE nessa lista que apesar de manipular HTML, ele não segue as normas da W3C). Já pensou se cada empresa fizesse um formato de arquivo web para o seu navegador? Seu usuário ficaria escravo do seu navegador mesmo que outro seja melhor.
Espero que tenham gostado do artigo. Não esqueçam de deixar uma curtida aí se gostaram.
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A ameaça que os formatos de arquivos fechados podem causar de Gabriel da Silveira Costa (Toca do Tux) está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://tocadotux.blogspot.com/2015/04/formatos-de-arquivos-fechados.html.
Podem estar disponíveis autorizações adicionais às concedidas no âmbito desta licença em http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/.
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